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House of Horrors Mutilated Apresenta - Contos Viscerais parte I


Olá leitores hoje é um dia muito especial Halloween! Vamos por os morcegos para passear, as aboboras para assustar. Hoje é um dia ainda mais especial aqui para nossa equipe vamos apresentar com orgulho e satisfação um projeto muito querido que estava em planejamento há algum tempo . O primeiro desses especiais é um conto produzido por mim (Titânia Astarte), onde iremos apresentar nossa equipe, claro de um jeito beeem monstruoso! Muitas surpresas estão por vir então boa diversão!

"Uma transição a "seco", pinceladas como fleches de uma memoria deteriorada, a sensação de uma mente morta". - T. Astarte

Um Inicio.

No escuro de um estúdio dedos decrépitos digitam em um ritmo anormal, por vezes um dedo esbarra em uma tecla e uma letra estranha se manifesta em seus escritos, sua coordenação fina há muito perdida fazia falta nesses momentos. Logo atrás uma figura fina e sem cor passa com uma pilha de paginas repletas de desenhos em nanquim ele flutua até uma mesa onde um terceiro individuo briga com paginas de impressão cheias de escritos com letras extras.
Quem olha-se de fora provavelmente correria afinal não é todos os dias que se cruza com um zumbi, um fantasma e um ser de hábitos caninos trabalhando.

Muitas noites antes em um terrível verão...

Passando rápido entre frascos de nanquim ele ri vigorosamente vários desenhistas correm enquanto aquele poltergeist faceiro se diverte. Ele gira em pleno ar enquanto arremessa um ou mais objetos, sua figura translúcida pinga e pinga escorrendo o liquido negro, sujando e marcando o piso, suas linhas são como desenhos longos e fluidos girando em um ritmo descompassado. Em meio as gargalhadas ele solta injurias e frases de desdém enquanto para sobre desenhos inacabados  fazendo suas próprias correções.

- Nossa caras esses traços de vocês estão horríveis, cadê a proporção onde foi parar a criatividade?

Ele gira e arremessa mais um objeto sobre a cabeça dos frangotes, mas que belo café da tarde!

- Vocês vão continuar correndo a tarde inteira? O café mal começou!

Ele ri e ri mais ainda, sua voz ecoa pelo estúdio fazendo tremer algumas prateleiras mas os berros rotineiros de chateação e irritação começam a ser substituídos por berros de pânico quando uma figurinha muito estranha entra na sala grunhindo como um animal, uma garota de um braço só, usando moletom e orelhas de coelho aparece, sua figura chega a ser tétrica pela combinação de elementos nada agradáveis sua pele com textura áspera e cor esverdeada o cheiro pungente e seus olhos esbugalhados quase saindo das orbitas era realmente de se assustar.
A cada um que ela ia em direção saia aos berros gritando, ironicamente, a cada grito sua expressão ficava mais chateada.
O poltergeist vai se aproximando lentamente, lentamente isso sim parecia diversão!

Fuçando em uma mesa ela encontra lápis e papel e com sua mão direita tenta escrever, mas o lápis decide não cooperar com seus dedos tortuosos, afinal há um bom motivo para zumbis não conseguirem escrever.
Irritada e cansada ela taca o instrumento que se aloja na cabeça de um desenhista fazendo sangue jorrar nas paredes.

O fantasma matreiro assistindo a tudo isso gargalha ainda mais alto.

- Nossa guria se ta enfezadinha não?

Ela parou e por um longo tempo pareceu não compreender, tocou o chão sujo de nanquim e depois olhou para a figura flutuante.

- Sim, sim eu sou um fantasma e você é...?

Um grunhido saiu daqueles lábios e mais um e mais outro, porem só grunhidos ela sabia emitir, o fantasma parou pensando aquele monstro devia ser burro feito uma porta pois nenhuma palavra conseguia transmitir.

A zumbi já bem irritada com aquela figura pb de traços longos como os de um desenho pegou então uma mão de referencia e começou a sacudi-la em direção ao "fantasma do estúdio" girou, girou e até nele tacou mas a figura só ria e zombava.

- Calma lá coelhinha cuidado ou vai se despedaçar desse jeito!

Era uma droga sua cordas vocais terem se deteriorado ou falaria umas coisas nada gentis aquele fantasma, tendo uma ideia talvez nada brilhante mas um pouco útil parou em frente a um computador e começou a bater nas teclas até que depois de muitos urros de chateação consegui escrever

"weu nanm souy burrrrrrrrrrrra"

O fantasma então intrigado e rindo da falta de coordenação da garota tentou "legenda-lá" para tentar conversar mas todas as letras saiam embaralhadas e disformes com certeza não era nada fácil por um "sap." em um zumbi.

Novamente ela se tacou em cima do teclado e mas uma frase saiu.

" meur brrrrrrrrrrraçoooooo sdumiuuuy"

Ele girou e girou ate que a ficha caiu aquela criatura atrapalhada tinha perdido o braço mas como podia um zumbi ser tão destrambelhado?

A algumas quadras dali no meio de um parque...

Jogado na grama um homem mordia e mordia um braço humano, ele sacudia e brincava com ele, enquanto por vezes uivava para a lua, a luz do astro o iluminava revelando um corpo magro de ossos aparentes, suas vestes muito rasgadas mostravam suas costelas, a face coberta por uma barba e cabelos desgrenhados uma figura selvagem.

Enquanto se entretida com o membro sua mente divagava justificando seu "instinto assassino", estava ali devorando sua caça como um "bom" lobisomem que orgulhosamente levanta seu troféu. Era verdade que não se lembrava direito de suas aventuras afinal a transformação era sofrida e por vezes lhe deixava vácuos na memória porém o gosto da carne moribunda lhe dava uma satisfação inigualável.

Seu entretenimento era tanto que nem percebeu a aparição dos dois seres, apenas quando o braço "bom" o cultuou que ele então se virou e deparou com figuras tão exóticas, sua primeira reação foi o susto então abandonou o troféu em meio a grama e parou em posição defensiva rosnando.
Foi o poltergeist que veio a frente sujando a grama de preto.

- Pera lá ferinha não viemos entrar em combate mas a dona deste braço está com saudades! - disse em voz irônica

Grunhindo em tom de satisfação ela tacou-se na grama sentando de forma rígida e indiferente, retirou uma agulha imensa já fiada de dentro de um dos bolsos do moletom rasgado.

O fantasma reparou e pensou quanto tempo será que aquela criatura levou para colocar aquele fio na agulha? Abriu um pequeno sorriso ao notar que ela usava linha de pesca quase transparente para fazer seus remendos, mas não era hora para isso.

- E então cara afinal o que você é?

O lobisomem se mexeu com o desconforto ainda se recuperando do choque.

- Como pode essa garota ainda estar viva sendo que eu mastiguei ela?

Ela percebendo a citação nada gentil levantou e em meio aos grunhidos parecia estar rindo.

- Ixi cara, acho que você deve estar se confundindo você não atacou a coelhinha aqui ela só é lerda mesmo e perdeu o braço por ai.

A zumbi já com o braço costurado mexia de vagar os dedos enquanto avaliava as mordidas do bixo.

Demorou  mas ao poucos o fantasma conseguiu explicar ao lobo todo o "causo" de uma garota que perdeu um braço, um fantasma que achou inusitado caçar um pedaço e claro de um lobisomem desmemoriado que confundiu achar um membro com ter assassinado alguém. E esse braço fujão agora bem costurado causou a cruza destas três figuras, tudo numa noite terrível de verão.

" eur detesssssto carrlor ssemprreew meeeer deessmancvho."

O cursor continua a piscar mas a  zumbi não esta mais lá. Estão ela, o fantasma matreiro e o lobisomem desmemoriado jogando outra vezes informações ao acaso para descobrir quem mais se esconde entre as brumas da noite.


Contagem :  1 Kill

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